Fotos: Pedro Alves/Mundook
O jovem
guarda-redes Ângelo Girão tem sido umas das figuras desta época na
equipa da AD Valongo, a viagem de Gaia para Valongo no início da
presente época e as grandes exibições entre os postes da baliza
valonguense já valeram a chamada do guardião à convocatória para a seleção nacional portuguesa, no Torneio das Nações, em Montreux.
Um dos pilares
da equipa da AD Valongo concedeu uma entrevista ao nosso blogue, entre
os assuntos estiveram o sentimento de jogar pela equipa de Valongo, o
sonho de jogar no estrangeiro e ainda o ambiente fantástico que se vive
no pavilhão da AD Valongo.
Como
apareceu o hóquei em patins na vida do Ângelo Girão?
O
hóquei surgiu por intermédio do meu Irmão Filipe Girão que jogava no Estrela e
Vigorosa Sport, como o acompanhava diariamente acabei por ingressar nas camadas
jovens desse mesmo clube.
Pelos
clubes por onde passou até hoje quais os marcou mais e porquê?
Até
agora joguei no Estrela e Vigorosa Sport, no Futebol Clube do Porto, na Acr
Gulpilhares, na Académica de Espinho e agora na AD Valongo. Seria injusto dizer
que algum destes clubes me marcou mais que outro, visto que, em todos passei excelentes
momentos e fiz grandes amizades. Aproveito para agradecer a todos por terem
apostado em mim e por terem feito parte da minha formação enquanto jogador.
O
Girão chegou AD Valongo no início da presente época, que aliciantes lhe foram
propostos para deixar Espinho e ingressar no Valongo?
Penso
que o principal aspeto deste projeto foi o facto de o Valongo ter conseguido
juntar um conjunto de jogadores capazes de lutar por um lugar cimeiro e de
acesso á Liga dos Campeões.
Como
correu a sua integração na equipa?
Quando
assinei pelo Valongo não sabia que realidade iria encontrar no balneário,
contudo fiquei bastante surpreso, fui recebido por todos com bastante carinho.
O apoio que recebemos dos nossos adeptos foi extremamente importante para a
nossa integração pois fez com que todos os jogadores se sentissem em casa tendo
em conta que metade da equipa era nova.
Falando
já da corrente época que balanço faz até ao momento?
Dado
o valor que eu penso que a equipa tem, a época está a correr abaixo daquilo que
seria de esperar. Temos equipa para atingir um lugar de acesso á liga europeia
e de momento não está a acontecer. Porém, ainda falta muito campeonato e penso
que temos força e ambição para atingirmos os objetivos delineados no início da
época.
Neste
momento qualificar a equipa para as competições europeias e a taça de Portugal
como possível presença na final four são os objetivos fortes?
Como
já referi anteriormente, o acesso á liga europeia e a presença na final four da
taça de Portugal são efetivamente os nossos principais objetivos.
O
pavilhão de Valongo é um dos mais temidos do hóquei nacional, pela proximidade
do público com o ringue e quase sempre está cheio de público. Que importância
têm estes fatores no decorrer do jogo para vocês?
É
fantástico o ambiente que se vive no pavilhão de Valongo, os nossos adeptos são
o sexto elemento em todos os jogos. Sempre que algo não nos corre da melhor
maneira eles são o nosso motor de apoio e motivação. Os jogos têm sempre muita
assistência e estou adorar jogar pela AD Valongo.
Ainda
no tema do ambiente em Valongo como vivia essa deslocação quando jogava contra
o Valongo?
Toda
a gente sabe que a minha relação com os adeptos do Valongo não era a melhor, mas
sempre louvei o facto de eles viverem o hóquei tão intensamente. Penso que
qualquer hoquista gosta de jogar num ringue com o ambiente como se vive em
Valongo. Ainda hoje quando falo com os adeptos do Valongo nos rimos das coisas
que já se passaram naquele Pavilhão.
A
época a nível pessoal como está a correr?
O
balanço que faço até ao momento é positivo, no entanto, acho que como jogador
tenho que exigir sempre mais de mim para que possa fazer mais e melhor.
Vestir
a camisola da seleção sénior nacional é o que qualquer atleta sonha, o Ângelo
vai a Montreux, ao Torneio das Nações, este ano realiza-se também em Angola o
campeonato do mundo. Espera que seja desta a vez que o Ângelo defenda as redes
seniores portuguesas num campeonato do mundo?
Claro
é o sonho de qualquer atleta de alta competição. Não vou mentir e dizer que não
é um dos grandes objetivos na minha carreira porque é. Não tive anteriormente
oportunidade de vestir a camisola da seleção sénior nacional mas isso só me faz
trabalhar cada vez mais para que este objetivo seja possível. Angola 2013 era
um sonho realizado e vou trabalhar para poder estar presente.
Aliado
ao objetivo de chegar á Seleção Sénior está também o de jogar por um “grande”.
Nestes clubes lutam-se por todos os títulos, todos os anos e como é óbvio gostava
de poder ingressar num clube com essas ambições.
Pretende
jogar em outros países? Se sim, quais e porquê?
Gostava
de jogar em Espanha porque o hóquei praticado em Espanha é um hóquei mais
defensivo, o que faz sobressair mais os Guarda-Redes.
Suponho
que tenha tido vários treinadores ou pessoas importantes na carreira até hoje,
quais foram as mais importantes?
Queria
destacar primeiramente o Sr. Caldas por tudo o que me ensinou na baliza, foi
sem dúvida a pessoa que mais influencia teve na minha formação enquanto Guarda
Redes. Como treinadores, o Professor João Lapo e Renato Garrido por terem
apostado em mim desde muito cedo. O Professor Luís Sénica que me deu
oportunidade de representar Portugal nas camadas jovens. O Mister Paulo Freitas
porque apostou em mim sem receios sendo eu sénior primeiro ano para assim
integrar numa equipa de primeira divisão, ajudou me tanto dentro como fora do
ringue. Por fim, o Mister Paulo Pereira que este ano me fez crescer como Guarda
Redes em todos os sentidos. Não quero com isto deixar de agradecer a todos os
restantes treinadores com que já tive o privilégio de trabalhar, cada um
contribuiu com algo para aquilo que sou hoje.
Para
terminar, quer deixar alguma mensagem?
Antes
de mais, quero agradecer pela entrevista e dar-lhe os parabéns pelo excelente
trabalho que tem feito pela divulgação do hóquei. O hóquei é um desporto com
tradição no nosso país, pode levar bem alto a bandeira de Portugal mas é pouco
reconhecido.
Nós
como atletas e a comunicação social, temos de trabalhar no sentido de honrar
ainda mais esta modalidade.Por: Tiago Silva
http://besthoquei.blogspot.pt/2013/03/angelo-girao-estou-adorar-jogar-pela-ad.html
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