quarta-feira, 6 de março de 2013

Eduardo Lombino continuará com o seu projeto no Club San Martin de Mendoza.




Eduardo Toto Lombino, renunciou ao cargo de treinador do Roller Olympic Club de Lyon, de França e retornou à sua Argentina, sua terra Natal para assumir a coordenação de todo o setor e treinador da equipa principal masculina do Club San Martin de Mendoza.





Em declarações à 4Wheels, diz quais os motivos da sua demissão:


"As razões para a minha demissão ao cargo de treinador passa por muitas situações negativas tanto no aspeto desportivo como extradesportivo que vivi em quase um ano de trabalho no clube francês."


"Durante a fase desportiva os resultados foram muito positivos nos resultados obtidos, onde a equipa permaneceu invicta durante 12 partidas consecutivas sem perder um único ponto, o que tornou possível garantir a manutenção na temporada passada, quando a equipa estava praticamente descida e nos manter no topo do ranking, até à data nesta temporada, com muitas possibilidades de alcançar a promoção à primeira divisão.
Logicamente que toda a fase negativa, e que apesar dos resultados, causou um desgaste na minha pessoa onde ia contra meus princípios e não me sentia confortável para cumprir o meu papel, na liderança da equipa.
A falta de disponibilidade de alguns jogadores (a grande maioria) para comparecer nos treinos, fazendo o mesmo com apenas 5, 6 ou 7 jogadores e um só guarda-redes ante a irresponsabilidade dos outros. A falta de companheirismo dentro da pista entre si e principalmente a falta de respeito para com os jogadores das equipas adversários, árbitros e com sua maneira de agir, logicamente, em relação à minha pessoa como treinador e a direção do clube.
Tudo isso fez com que estivesse a trabalhar num ambiente muito longe de meus princípios sobre a conduta desportiva de um jogador que vai além de um simples resultado.
Um espelho negativo para todos os jovens que observam estas atitudes reprováveis daqueles que deveriam ser um verdadeiro exemplo de uma instituição desportiva.
Na face extradesportiva havia diferenças muito grandes com a direção que não vem ao caso mencionar, porque eles são um grupo de pessoas fantásticas, que respeito muito, sobretudo ao seu presidente Paulo Ribeiro, mas que a inexperiência dos componentes do mesmo, levou-os a provocar esta triste decisão da minha parte, mas que eram impossíveis de aceitar.
Espero que tomem consciência da situação e para o bem do clube, uma vez por todas, assumir a questão, caso contrário, o futuro não será brilhante."



Como aconteceu a contratação por parte do San Martin?

"Logicamente depois de ter compartilhado a atividade neste clube, por um longo tempo antes da minha ida para a Europa e no ano passado quando voltei o hóquei espanhol, foi uma relação muito boa com todas essas pessoas e eu estou em constante contacto com eles.
Eu tinha começado um projeto que iniciei durante 4 meses antes de eu vir para a França e ficou suspenso.
O que foi feito neste curto período, não foi indiferente, mas ficou inacabado.
Esta situação fez com que rejeita-se ofertas de outros clubes da Europa e Argentina, para voltar e continuar com o meu projeto pendente e tentar levar o clube San Martin, novamente, ao mais alto nível do hóquei argentino em todas as categorias.
Tentar recuperar o prestígio que tinha há muitos anos e que o levou a ser um dos maiores e mais importantes, de onde saíram muitos jogadores de alto nível que deixaram a sua marca no hóquei em todo o mundo.
Estou grato aos dirigentes do clube por me abrirem novamente as portas e fazer-me parte deles, demonstrando-me muitos desejos de progresso e trabalho por parte de todos os seus membros. É um prazer trabalhar quando se tem o apoio incondicional de todo um clube, não será uma tarefa fácil porque este empreendimento do clube deve ser recompensado com um muito trabalho e deixando toda a minha experiência adquirida ao longo dos anos ao serviço do mesmo."


Vai fazer algumas alterações para atingir a meta que definiu?


"Na minha tarefa como coordenador irei fazer, em primeiro lugar, um estudo de como é que a situação se encontra em todos os seus aspetos, categorias, treinadores, horários de treinamento, disponibilidade da pista, etc... e a partir daí, deverá haver alterações logicamente, aquelas que sejam necessárias para enriquecer e aumentar o conhecimento dos jovens.
Há um grupo muito bom de treinadores, que vou falarei oportunamente para me ilustrarem a situação e fazer um esforço conjunto que permita atingir os objetivos com metas diversas ao longo dos anos."

"Em cinco anos, não mais, o Club San Martín deve ser a potência hoquistica que já chegou a ser."

"Iremos trabalhar muito a nível de escolas de aprendizagem onde meu objetivo é aumentar o número mínimo de 100 crianças por temporada, com professores adequados para o ensino com um trabalho diverso, algo que geralmente, é o que tradicionalmente fazem.
Em relação à equipa principal, tem lá muito bom material e um bom grupo de jovens, faltando apenas fazê-los trabalhar como uma equipa com um bom trabalho de treinamento, que esperamos seus frutos a curto prazo.
Será um ano difícil para eles como jogadores e para mim como treinador, porque o trabalho a realizar não é pouco, será muito intenso e a um ritmo muito alto ao longo da temporada." Concluiu.

Por: Miguel Dias

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