Aventura à Hollywood da seleção portuguesa

TRÂNSITO CAÓTICO AGITADO PELo RELÂMPAGO DA SELEÇÃO

Hora de ponta em Luanda parece ser durante... todo o dia, mas naturalmente que, ao final da tarde, a situação, já de si caótica, fica ainda mais complicada. Foi esse o cenário – ainda que numa versão simpática, segundo diz quem sabe – encontrado ontem pela Seleção na ida para o Pavilhão Cidadela.

Com saída marcada para as 16.30, os portugueses apenas rumaram ao pavilhão uma hora depois, por razões que se terão prendido com a acreditação dos motoristas de autocarros para o Mundial, o que deixou Portugal... à espera. Superada então essa primeira fase, veio a aventura. Um trajeto de 4 quilómetros seria facilmente feito em pouco menos de dez minutos, mas não em Luanda, pois aqui demora pelo menos... uma hora!Por isso, a organização pôs batedores a acompanhar a comitiva, de modo a abrir caminho até ao pavilhão. E se as ruas estavam inicialmente cheias de carros, rapidamente o batedor os afastava, ora com ligeiros empurrões ora com ordens em tom de ameaça. Tudo na maior “normalidade”e ainda com um motorista de autocarro que parecia ter saído diretamente de uma escola de automobilismo, tal era a perícia com que contornava os carros que surgiam dos dois lados.

A situação estranha, mas que será vivida praticamente em todos os dias até ao final do Mundial, motivou naturalmente boa disposição no autocarro português. Dos jogadores à equipa técnica, este foi mais um momento que serviu para fortalecer o espírito de grupo, apesar de a Seleção Nacional ter chegado com “aviso” prévio de que isto poderia suceder...

Estreante e a “bronca” do capitão

João Rodrigues é um dos seis estreantes portugueses nestas andanças, mas mesmo assim não se intimida com o que poderá encontrar em Angola. “Há uma ansiedade normal antes de um competição importante. Estar aqui é um sonho de criança, mas esse sonho ainda vai a meio, porque falta a outra parte, que é ser campeão mundial”, frisou o jovem jogador, de 23 anos. “Acompanhado” pelo capitão Valter Neves, falou ainda da importância dos mais velhos, mas levou “bronca” simpática quando falou em... erros. “Têm experiências de edições passadas, sabem os erros que cometeram...” Aí, em tom de brincadeira, Valter Neves deu um raspanete ao colega, gerando-se uma situação bem-humorada no final do treino na Cidadela.

Fonte: Record