quinta-feira, 2 de maio de 2013

Pavilhão do Namibe já tem rosto

Pavilhão do Namibe já tem rosto

A província do Namibe, uma das sedes do Mundial de Hóquei em Patins que Angola acolhe de 20 a 28 de Setembro próximo, conta com um pavilhão de raiz, localizado na zona do Porco Russo, nas imediações do antigo aeroporto.
As obras do pavilhão com capacidade para três mil espectadores começaram em outubro de 2012. O Comité Organizador do Mundial (COHÓQUEI), através do ministério da Juventude e Desportos,  deve receber a obra no dia 31 de Julho do ano em curso, segundo a empresa construtora.
A estrutura metálica que suporta a cobertura já foi montada. As três asnas pesam oito toneladas e foram concebidas tendo em conta as características do próprio pavilhão.
Os técnicos de electricidade estão  a instalar a armadura de iluminação que à volta da sala de jogos multiusos.
Nas bancadas, os assentos estão a ser instalados à luz dos requisitos exigidos pelo Comité Internacional de Rink Hóquei (CIRH), órgão que fiscaliza e rege a modalidade no mundo.
O director da obra, engenheiro André Costa, garantiu a equipa de reportagem do O PAÍS que as obras estão muito avançadas. “O nível de execução das obras estão muito adiantados”, afirmou o responsável.
André da Costa fez saber que o palco da maior cimeira do hóquei em patins em Angola tem os padrões exigidos pelo CIRH, pelo facto de ser um evento de nível internacional.
O engenheiro disse que o pavilhão conta com uma sala para pessoal de apoio, sala para os árbitros, para as equipas, imprensa, postos médicos e camarotes VIP’s e super VIP’s. O responsável assegurou que no próximo mês os técnicos de electricidade, rede de esgotos, ar condicionados e tecto falso têm os trabalhos concluídos. “ Algumas áreas estão praticamente terminadas”, afirmou o engenheiro. O pavilhão contemplou espaços para portadores de deficiência,  rampas que facilitam o acesso ao interior do pavilhão. O projecto comportou também uma entrada especial para os portadores de deficiência. As rampas estão adequadas e têm o nível exigido pelos órgãos que tutelam o desporto adaptado.
Seis meses depois, a obra adjudicada à empresa de construção civil Omatapalo já consumiu três mil e 200 metros cúbicos de betão, 300 toneladas de aço e 75 mil blocos.
O material utilizado pela empresa de construção abarcou uma área de quatro mil 600 metros quadrados. O pavilhão terá também lojas, restaurantes e espaços de lazer.
Um tanque com capacidade para 100 mil litros de água vai alimentar o pavilhão. O sistema de tratamento e captação de água estará, nos próximos dias, cocncluído.
À volta do Pavilhão e no seu interior estarão instalados camaras de filmar permanentes. As imagens que os dispositivos captarem serão encaminhadas a uma central.
A capacidade de evacuação do público é de 10 a 15 minutos. A distância de uma bancada para a outra é de sete metros, facto que permite evitar choques e conflitos com outros adeptos.O engenheiro André Costa assegurou que o tempo de vida do pavilhão, com manutenção regular, é de 80 anos, mas é necessário haver equipas sérias para fazer tal serviço.
“ O pavilhão tem um tempo de vida de 80 anos, desde que haja manutenção com regularidade em todos os sectores. Os edifícios podem até durar mais desde que tenhamos cuidados especiais”, adiantou o engenheiro.
Na parte exterior do pavilhão, as obras já arrancaram. Os técnicos estão a fazer serviços de terraplanagem e escavação de colectores para águas pluviais. Há uma equipa que tem a missão de plantar árvores à volta do pavilhão, dado que se trata de uma cidade seca.
Para esta empreitada, a mão-de-obra é maioritariamente composta por trabalhadores angolanos, sendo no total 100, distribuídos em várias áreas da construção civil.
O director da obra disse que os angolanos estão a trabalhar com o objectivo de ver a obra terminada antes do tempo previsto, porque querem que o Mundial na província do Namibe corra a contento.

Por: Sebastião Félix
Fonte: O País

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