A edição deste ano da Taça Latina culminou com a vitória portuguesa na prova e, em particular, com uma vitória sobre a selecção espanhola, dominadora da modalidade na última década. O HóqueiPT ouviu alguns dos protagonistas do triunfo luso e do evento realizado em Viana do Castelo.
Em
primeiro lugar há que salientar a excelente organização da Federação de
Patinagem de Portugal, conjuntamente com a Câmara Municipal de Viana do
Castelo e a Associação Juventude de Viana. A organização é um aspecto
importante para o êxito desportivo de qualquer manifestação. Creio que
assistimos a três dias de bom hóquei em patins, principalmente hoje, em
que duas equipas muito fortes só jogaram hóquei. O comportamento
disciplinar dos jogadores foi exemplar e, quando somos brindados com um
duelo deste tipo, recompensamos os adeptos deste desporto.
Fernando Graça, Presidente do CERH
Sinto-me
um homem feliz. Aliás, eu disse na recepção na Câmara que esperava que,
quando chegássemos ao fim da Taça Latina, as pessoas se sentissem
felizes. Portanto eu já imaginava esta vitória. Mas do imaginar ao
concretizar-se ainda vai uma grande distância. É uma vitória do hóquei,
da competência e da atitude destes jogadores. Temos grandes jogadores e o
nosso futuro é promissor. Penso que hoje foi a primeira de muitas,
muitas vitórias que vêm a seguir.
Fernando Claro, Presidente da FPP
Sinto-me
realizado acima de tudo pelos atletas, que já vão numa época muito
longa. Mas por aquilo que trabalharam durante a semana, por aquilo que
deram à Selecção, é muito bom chegar ao fim e ganhar, conquistar. Estes
jovens são as promessas que acreditamos que nos vão conduzir aos títulos
no escalão de seniores. Para Viana, para a Câmara, para a Associação
Juventude de Viana o muito obrigado por tudo aquilo que fizeram.
Deram-nos as condições para conquistarmos este título que nos fugia
desde 2008. Acreditamos que é mais um elã para continuarmos a trabalhar
da maneira que temos vindo a trabalhar, não esquecendo o trabalho que é
feito nos clubes e aquilo que tem sido feito por eles. A prova disso é
estarmos com duas equipas portuguesas na Final Four da Liga Europeia.
Isso significa que a qualidade está cá. Vamos continuar a trabalhar para
dar mais vitórias a Portugal. Esta é a medalha 504 que a patinagem
oferece ao país e, por esse palmarés que temos, temos de ter mais apoios
e ser olhados de uma outra maneira por quem nos rege.
Paulo Rodrigues, Vice-presidente do Hóquei em Patins
Portugal
esteve muito bem a interpretar o plano de jogo. A Espanha fez três,
quatro alternâncias de sistema e, inclusivamente, a determinada altura,
libertou os corredores para forçar o um-contra-um com o apoio do homem
no segundo poste, onde são fortíssimos, e nós conseguimos sempre fazer
as compensações. É óbvio que com mais dificuldade aqui ou ali mas a
eficiência global e a eficácia global do ponto de vista defensivo dá-nos
depois a capacidade de acreditar no complemento do projecto que era
potencializar as nossas transições e em ataque organizado criarmos a
dinâmica que vocês viram na pista. O 3-1 é o volte-face, é o grito do
Ipiranga, face à competência que a equipa teve. Não estávamos à espera
deste final, confesso. Estávamos à espera de que, a partir do 3-1,
tivéssemos de alguma forma o controlo do jogo – que o tínhamos – mas o
hóquei tem destas vicissitudes. Com um penalti e uma expulsão, de
repente começámos a perceber que as coisas não são tão lineares e tão
fáceis como às vezes projectamos. São cerca de dois minutos finais muito
intensos, com três jogadores, com o guarda-redes quatro obviamente.
Portugal soube ser humilde, soube ser igual a si próprio e soube segurar
a vitória com muita classe. Mas esta classe acoplada a uma coisa que
acho que esta equipa teve. Foi a solidariedade, foi o espirito de
humildade e foi a competência por parte de cada um dos jogadores a
acreditar no projecto. E só assim foi possível fazer esta vitória hoje.
Luís Sénica, Seleccionador Nacional
Luís Sénica felicita Pedro Costa no final do Espanha - Portugal
É
sempre com muita alegria que vivo estes momentos e é mais uma para
juntar ao meu currículo. Quando se trabalha com jogadores desta
categoria, todos nós ficamos felizes e todos nós nos sentimos também
campeões.
Hermínio Carrilho, Técnico de Equipamentos
Herminio Carrilho festeja ao colo de Hélder Nunes
Nós
sabíamos que a Espanha tinha uma excelente equipa. Nós também. Sabemos o
valor deles e eles o nosso, com certeza. Sabemos que só muito unidos, a
saber sofrer, a defender muito bem e a atacar com as nossas armas é que
conseguiríamos ganhar. Conseguimos chegar a uma vantagem de 3-1 que foi
fruto do nosso trabalho, do nosso crer e da nossa união. Depois com o
3-2 soubemos sofrer e penso que nestes jogos, com rivais à nossa altura,
com excelentes jogadores, tem que se saber sofrer e, só unidos como
mostrámos dentro de campo, é que se consegue ter frutos e ganhar títulos
destes que têm muita importância para nós e para Portugal. Sabemos que
para ganhar temos de estar todos ao nosso melhor nível, incluindo o
Pedro, o guarda-redes. Foi ele que jogou e nós tivemos plena confiança,
como se fosse o Rodolfo ou fossem outros cinco que estivessem lá dentro.
Somos dez, temos plena confiança nos dez, acreditamos muito no trabalho
que temos feito, no que temos vindo a fazer e penso que, ao nosso
melhor nível, muito dificilmente alguém nos ganha. Sabemos que a sorte
também faz um bocado parte disto e hoje esteve do nosso lado, como podia
ter estado do deles. Mas fomos à procura da sorte, desfrutamos destes
jogos e é isso que Portugal tem de fazer, jogar com felicidade e nunca
baixar a cabeça a nada. Este jogo mostra que temos trabalhado bem e que,
todos juntos, com a ajuda do público, somos muito fortes.
Hélder Nunes, Capitão da Selecção Nacional
A
taça é muito, muito pesada mas ainda bem que estou a pegar nela. É
sinal que a ganhámos. Sinto-me muito feliz. É uma competição que
queríamos muito ganhar e a única vez que a podemos conquistar porque,
quando for a próxima, já não temos idade. E também me sinto muito feliz
porque é uma demonstração de que Portugal não é em nada inferior à
Espanha, ao contrário do que se diz no hóquei, que é que a Espanha ganha
sempre. Nós somos a prova, dia após dia, competição após competição, de
que nas nossas camadas jovens e nas nossas gerações as coisas não são
bem assim e que em Portugal também se trabalha muito bem, que temos
muita qualidade e que podemos bater a Espanha.
Miguel Rocha
Miguel Rocha
Sinto-me
muito bem. É muito bom poder representar a Selecção, poder ajudar o meu
país. Ainda mais, na primeira vez que venho, ganhar um título é uma
coisa do outro mundo, é um sonho tornado realidade. Sabíamos que íamos
jogar perante um público maravilhoso, numa pista muito boa, contra
adversários muito fortes. Ainda bem que todos nos puderam apoiar.
Apoiaram-nos durante todo o campeonato e na final, com mais afluência
aqui no pavilhão, ajudaram-nos muito na conquista deste título.
Gustavo Lima
Gustavo Lima fez nesta Taça Latina a sua estreia de quinas ao peito
Estou
muito feliz. Era uma ambição para esta época. Trabalhei para vir aqui,
trabalhámos todos em conjunto para formar um grupo forte e já nos
conhecíamos. Fizemos um grande jogo e é uma grande vitória para nós. É
sempre bom jogar em Portugal a representar a Selecção. Já tínhamos
jogado em Barcelos também o Mundial [ndr: Mundial de Sub-20, em 2011].
Dessa vez não correu tão bem. Demos tudo também na altura mas desta vez
fomos felizes e, também com o apoio do público, conseguimos esta
vitória”
Pedro Vaz
Fonte: HóqueiPt
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