terça-feira, 1 de abril de 2014

«Benfica é um clube que enche pavilhões»

Guillem Trabal, guarda-redes catalão do Benfica, está emocionado com a experiência do campeonato português e conta tudo a Record.

RECORD – Depois de muitos anos em Espanha, qual tem sido a sensação de jogar no campeonato português?

GUILLEM TRABAL – Tem sido uma experiência muito positiva. Estar numa prova competitiva é sempre muito bom, com quatro equipas em luta acesa pelo título. Em Espanha, o Barcelona ganha sempre, detendo em relação ao segundo classificado mais de 20 pontos. Depois, o Benfica é um clube que move multidões, pois sempre que a equipa tem uma deslocação os pavilhões ficam cheios. Há muitos benfiquistas espalhados por todo o país. Em Espanha, é tudo diferente. Os adeptos estão confinados aos jogos em casa e, depois, ficamos sozinhos. Aqui temos os aficionados sempre por perto.

R – Temos em Portugal um campeonato muito competitivo, mas é a Espanha que ganha tudo ao nível internacional. Porquê?

GT – Essa pergunta não sei responder. Até em Espanha se questiona como é que nos últimos anos temos sido superiores a Portugal ou, mesmo, à Argentina, países com grandes jogadores e tradição. Mas o que é certo é que tem sido a Espanha a conquistar os Mundiais e os Europeus. É certo que temos uma excelente equipa, que se conhece há muito tempo, mas a diferença não é assim tão grande. Tanto Portugal como a Argentina têm qualidade para chegar aos títulos.

R – E como tem sido a sua adaptação ao Benfica e a Lisboa?

GT – Foi melhor do que esperava. Sempre pensei que poderia ser difícil ingressar num clube de uma grande cidade. Mas a qualidade humana das pessoas que estão no Benfica fazem com que eu me sinta parte desta casa. É como uma família de acolhimento. Vim com a minha namorada e também ela está a gostar.

R – Tem vivido quase toda a vida na Catalunha. Quais têm sido as sensações de viver em Portugal?

GT – Também me sinto muito bem, porque é uma nação parecida com a minha. A língua é similar e posso ler os jornais com facilidade, pois compreendo o português. Não há grandes diferenças culturais. E até o clima é similar. Todos estes fatores facilitaram a minha integração.

R – Em Espanha, pela seleção e pelo Reus, ganhou quase tudo.Os objetivos continuam elevados?

GT – OBenfica quando entra em campo é sempre para ganhar. Por isso, queremos conquistar a Supertaça, a Taça de Portugal, o campeonato e a Liga Europeia. Quem joga aqui é para ganhar tudo. É um clube que tem condições e aposta em equipas ganhadoras. Não devem existir muitos mais clubes que apoiem tanto dos seus atletas. Talvez o Barcelona se possa equiparar. Os jogadores têm todas as condições, sendo-lhes disponibilizadas boas equipas médicas, nutricionista, psicólogo, preparador físico e técnicos. São fatores que podem marcar a diferença.

R – Sendo sensível ao ambiente onde vive, como vai ser o reencontro com o Reus no acesso à Final 4 da Liga Europeia este fim de semana?

GT – Vai ser algo muito emocionante, pois o Reus foi durante muito tempo como a minha segunda casa. Vou aproveitar para desfrutar da ocasião, reencontrando pessoas que me foram muito queridas, como uma outra família onde me senti igualmente bem.

A competitividade é boa, com quatro equipas em luta pelo título. Em Espanha, ganha sempre o Barcelona

Guillem Trabal

R – Gostaria de jogar a Final 4 da Liga Europeia na Luz?

GT – Qualquer equipa prefere jogar em casa, pois é mais um ponto a favor. OPavilhão da Luz será o palco ideal para vencer a Final 4. Mas até lá, ainda teremos de ultrapassar o Reus. Não vai ser fácil.

R – Como chegou à prática do hóquei em patins?

GT – Na localidade em que nasci, Les Masies de Voltregá, respira-se o hóquei em patins. É como se passasse a viver numa aldeia dedicada à modalidade. Com toda a naturalidade, as crianças praticam o hóquei, desde tenra idade. Nem eu escapei. Influenciado pelo meu pai, comecei a patinar desde os meus três anos. E fui ficando.

R – É adepto de outros desportos e de outros clubes?

GT – Sim, claro. Gosto de todas as modalidades coletivas, como futebol, basquetebol, andebol e voleibol. Mas também de desportos de motor, o ténis e o padel. Sou adepto do Barcelona, mas sem ser fanático.

R – É um adepto do Barcelona e da Catalunha? Gostaria que fosse independente da Espanha?

GT – Tenho um sentimento muito forte para com a Catalunha e o seu povo, pelo que gostaria que se tornasse um país independente de Espanha. Mas, com todo o respeito pela Espanha. É um processo complicado, mas inevitável.

Fonte: Record

2 comentários:

  1. Sim Senhor..... enche pavilhões quando a ADV vai lá jogar.

    ResponderEliminar
  2. Están equivocados, ese guardaredes non e español, en España a ultima liga gañouna o liceo, a anterior o reus, a copa do rey, as duas últimas o Vendrell, e en europa a copa gañou, benfica, liceo, liceo nos últimos tres anos, o Barcelona ten moito diñeiro, e moi nos xogadores, ten no seu equipo duas selecions nacionais, pero iso non chega, pq non funcionan como equipo, cada un mira polo seu, FORZA VALONGO

    ResponderEliminar