Sanjoanense venceu o Lavra por 4-2 |
Não foi fácil, para a Sanjoanense, vencer a equipa do Lavra que vendeu bem cara a derrota e fez os alvi-negros suarem para alcançarem os três pontos.
Depois de uma goleada avassaladora em Cucujães, na 1ªJornada, a Sanjoanense procurava dar continuidade à boa exibição realizada, perante o seu público que acorreu a bom número.
Contudo, a formação do
Lavra tentou jogar sempre de forma muito compacta, defendendo perto da
sua baliza, não abrindo grandes espaços e tentando sair para situações
de ataque rápido e contra-ataque e desta forma causou alguns problemas
aos homens da capital do calçado.
Os alvi-negros, como
seria de esperar, foram quem assumiram as despesas do jogo, mas iam
esbarrando no guardião Nuno Costa que se mostrava inspirado e ia
evitando o que podia. E perante o desacerto na finalização por parte da
Sanjoanense, foi mesmo o Lavra que marcou primeiro no Pavilhão dos
Desportos, aos catorze minutos por intermédio de André Campos.
Não seria de esperar
outra coisa que não a intensificação da pressão ofensiva por parte dos
visitados que, depois de muito tentarem, chegaram finalmente ao golo aos
vinte e três minutos, com João Oliveira a desviar um remate de Alfredo
Nogueira e a fazer o seu quarto golo no campeonato, empatando o jogo que
assim ficou até ao intervalo.
Na segunda parte a
Sanjoanense continuava a carregar, fazendo o segundo e passando para a
frente do marcador aos oito minutos por Daniel Bastos que, bem ao seu
estilo, fuzilou Nuno Costa com um remate forte.
Mas o Lavra mostrava
determinação e muita garra e conseguiu mesmo fazer o empate, aos treze
minutos, na conversão de um livre-directo por Nuno Roque, após décima
falta cometida pela Sanjoanense. O mesmo Nuno Roque poderia ter
consumado a reviravolta mas desperdiçou novo livre-directo, pouco
depois, após uma falta para cartão azul cometida por Alfredo Nogueira.
Como o empate não
servia aos intentos da Sanjoanense, Vítor Pereira arriscou mais e a sua
equipa criava várias ocasiões com destaque, só na segunda parte, para
cinco bolas ao ferro. O público, especialmente a claque Força Negra que
apareceu na segunda parte para animar, e de que maneira, o ambiente,
puxava pela equipa que estava infeliz na finalização.
Mas o que o ano passado
foi motivo de alguns resultados menos positivos, neste jogo foi
decisivo: as bolas paradas. Aos vinte minutos o jogo fica resolvido num
pénalti e num livre-directo, primeiro pénalti marcado por Chico Barreira
após um jogador do Lavra ter jogado com o patim deliberadamente dentro
da área e, depois, falta para cartão azul e no respectivo livre-directo,
Daniel Bastos a fazer o 4-2.
O Lavra ficou algo
desnorteado e os seus jogadores fizeram mais duas faltas, com duas
admoestações de cartão azul mas, nos inerentes livres-directos, a
Sanjoanense não conseguiu voltar a marcar. Antes do final, houve ainda
tempo para Marco Lopes defender um último livre-directo.
Não foi uma vitória
fácil, como referido no início, muito por culpa da forma intensa como o
Lavra defendeu e das muitas oportunidades desperdiçadas pelos
alvi-negros. Com seis pontos, fruto de duas vitórias em dois jogos, a
Sanjoanense mantém-se na liderança e no próximo Sábado terá um difícil
derby com o Ac.Feira, no Pavilhão da Lavandeira, onde já não vence há
dois anos.
Mundo Desportivo-ADS:
Faço-lhe uma pergunta simples, apesar do Lavra ser uma equipa com valor
que venceu o Paço de Rei na 1ªJornada, esta vitória foi mais difícil do
que esperava?
Vítor Pereira: De
facto eu acreditava que a nossa equipa, mais tarde ou mais cedo, iria
passar para a frente do resultado e dilatar mais o marcador, não foi
possível, eu no início do jogo tinha alertado bastante, tinha visto
imagens de jogos do Lavra na pré-época, conheço o treinador do Lavra,
que também foi meu treinador, sei que faz um trabalho sério e rigoroso,
que já tem um grupo de alguns anos, com disciplina tática e foi assim
que se apresentaram, muito disciplinados taticamente, a jogar no nosso
erro, a jogar muito fechados e em contra-ataque, tiveram a felicidade de
fazer o 0-1 e aí complicaram as coisas, nós ficamos algo ansiosos,
fomos muito perdulários na finalização.
M.D.: Contamos na
segunda parte, pelo menos, cinco bolas no ferro da baliza do Lavra, que
até fez com que o seu guarda redes estivesse constantemente com um gesto
curioso de agradecer aos ferros, passou também por aqui a dificuldade
da vitória, o facto da Sanjoanense ter sido muito perdulária?
V.P.: Sem dúvida,
se nós tivéssemos concretizado 50% das oportunidades que tivemos,
tínhamos feito um resultado muito mais dilatado, mas também o Lavra não
merecia, pelo jogo e atitude que teve, por isso acho que o resultado
acaba por se ajustar e ficamos com os três pontos que era o que mais
interessava. O importante foi ganhar, quer seja por um golo ou mais
golos de diferença, com a massa associativa a apoiar-nos, mesmo quando
as coisas não estavam a correr bem.
M.D.: Na temporada
passada, existiram alguns jogos em que a Sanjoanense escorregou
sobretudo por ineficácia nas bolas paradas e, hoje, o jogo acaba por ser
resolvido num pénalti e num livre-directo. É algo que também o deixa
satisfeito?
V.P.: Temos
trabalhado bastante este aspecto, mesmo assim o nosso grau de eficácia
não tem sido bom neste início de época, temos dois livres-directos
concretizados, nos pénaltis temos sido mais eficazes, mas estamos a
trabalhar e vamos continuar a trabalhar, nestes momentos que muitas
vezes decidem jogos.
M.D.: Por último,
para a semana a Sanjoanense desloca-se a Santa Maria da Feira para
defrontar um adversário que lhe coloca sempre muitas dificuldades. Que
antevisão faz e que palavra quer deixar aos adeptos para que eles voltem
a aparecer em grande número, como o fizeram em Cucujães?
V.P.: Vai ser uma
partida difícil, não há jogos fáceis, por vezes parece que há jogos
teoricamente mais fáceis e as coisas tornam-se mais difíceis,
compete-nos a nós tornar as coisas mais fáceis, com muito respeito pelo
Ac.Feira que sabemos que contra nós, há uma motivação especial e dão o
que têm e não têm e nós vamos tentar vencer, certamente que vamos ter
muitos adeptos, espero que a Força Negra possa comparecer pois são uma
enorme ajuda para nós, como se viu hoje, e que mais sanjoanenses nos
apoiem, aqueles que gostam da Sanjoanense e de hóquei em patins em geral
e, assim, trazermos os três pontos para São João da Madeira que é o
mais importante.
Fonte: Mundo Desportivo-ADS
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