Banda de desenhada do Mundial de hóquei em patins oferecida a José Eduardo dos Santos
Mundial retratado em banda desenhada por Carlos Pacavira |
A organização do 41.º Mundial de hóquei em patins em Angola, de 20 a 28 de setembro em Luanda e no Namibe, foi retratada em banda desenhada pelo jornalista Carlos Pacavira, que entregou o primeiro exemplar da revista Vamos lá ao Presidente da Republica, José Eduardo dos Santos, e disse a A BOLA esperar que, assim, mais jovens adiram à modalidade.
— Como surgiu a ideia da revista com a banda desenhada? E porquê, devido à realização do Mundial no País?
— A ideia surgiu em função da organização do 41º Mundial no nosso País, em Luanda e no Namibe, de 20 a 28 de Setembro. É o maior acontecimento desportivo realizado em Angola, em 37 anos de independência, e traz ganhos visíveis ao País. Em particular, às cidades escolhidas, cujas infraestruturas contemplam a construção de arenas desportivas multiusos, hotéis, renovação dos aeroportos, estradas, geração de empregos e outros melhoramentos. Todo este movimento deve proporcionar um aumento da população praticante. Foi a pensar na divulgação e massificação do hóquei em patins em particular que surgiu a ideia desta banda desenhada, dirigida para as crianças da rede de ensino. Acertámos uma parceria com o comité organizador do Mundial e desenvolvemos o projecto. Trabalhamos em conjunto para o êxito desta importante manifestação desportiva.
— Até que ponto a ideia desta obra em banda desenhada vai impulsionar a massificação do desporto, e em particular do hóquei em patins, em Angola?
— A prática desportiva deve ser iniciada na escola. O Governo está certo em adoptar os Jogos Escolares como um vetor da massificação desportiva, que permita a movimentação de milhares de jovens e crianças aos vários níveis de ensino. Presentemente, os Jogos Escolares decorrem em Negage, no Uíge. Esta atividade contribui para o reforço da Unidade Nacional, descoberta e encaminhamento de talentos para o desporto de alta competição. O sucesso será ainda maior se as nossas crianças compreenderem os princípios, os fundamentos e as regras de jogo das diferentes modalidades. Adquirindo conhecimento, estarão em situação privilegiada para eleger a sua modalidade predileta. Iremos ao Negage, fazer a distribuição da revista Vamos lá. As crianças e os jovens devem estar envolvidas com o sucesso do Mundial. Serão as maiores beneficiadas, pois dispõem agora de mais recintos para a prática desportiva.
«Presidente é também homem do Desporto»
— Qual a sensação de entregar o primeiro exemplar da obra ao Presidente José Eduardo dos Santos?
— É sempre uma enorme honra poder trocar impressões com o nosso Presidente da República. O Presidente José Eduardo dos Santos é, também, um homem do Desporto e acerca dele tem uma visão ampla, atual, rica e bastante profunda. Fizemos a apresentação da revista e destacámos a importância do projeto, para ajudar na divulgação e massificação do hóquei em patins. Em relação ao Mundial enfatizámos a importância da presença em Angola de quatro nações, que fazem parte do Grupo dos Oito, ou G8, os sete países mais industrializados do Mundo, e ainda a Rússia. Lote onde cabem Estados Unidos , Inglaterra, França e Itália. A grande coincidência é que estas quatro selecções vão disputar a primeira fase do Mundial no Namibe e terão a oportunidade de constatar que somos um País com grande estabilidade política.
— Depois de Luanda, Kwanza Norte e Malange, que plano existe de distribuição para revista?
— A ideia é chegarmos às outras províncias. O Mundial é de todos os angolanos, a divulgação deve ser o mais ampla possível. Entregámos três mil exemplares ao Governo do Kwanza Norte e seis mil em Malanje, durante o Torneio Zé Dú. Namibe vai receber oito mil exempalres nos próximos dias. A revista estará ainda nos voos da TAAG, entre Luanda e as cidades de Lisboa, Rio de Janeiro, São Paulo, Joanesburgo e Maputo. Isto porque as seleções de Portugal, Moçambique, África do Sul e Brasil jogam o Mundial e muitos angolanos vivem nestes países. Nos primeiros 15 dias de setembro iremos incentivar as nossas operações, levando a revista às escolas, colégios, quartéis , unidades da policia e supermercados das principais cidades. Editámos 100 mil exemplares da revista, nesta fase inicial, mas sentimos que teremos necessidade de encontrar parcerias para reeditarmos a obra, pois é um projeto nacional, e tem sido muito solicitado pelos angolanos.
«Desporto melhora autoestima»
— Vão ficar pelo hóquei em patins ou a revista pode servir de modelo para ajudar na massificação de outras modalidades desportivas?
— A ideia é tornar este tipo de ferramenta habitual para auxílio ao fomento e massificação do desporto nacional. O seu conteúdo é de fácil interpretação , bastante didático e bem recebido pelo principal público alvo, que são as crianças e os jovens. Em 2008, o País investiu um bom dinheiro para organizar o Afrobasket. Do ponto de vista desportivo, foi um sucesso: conquistámos mais um Campeonato Africano das Nações; do ponto de vista da oferta de infraestruturas para desenvolver o basquetebol, ganhámos quatro novos pavilhões, em Cabinda, Benguela , Lubango e Huambo. Mas não foi acautelado o aspecto da massificação da modalidade. Queremos evitar esta situação pós-Mundial, pois a maior conquista será o surgimento de núcleos de massificação do hóquei em patins. Temos de tornar, cada vez mais, o desporto numa atividade social de interesse público, que contribua para a formação e desenvolvimento integral do homem, melhoria da sua qualidade de vida e bem-estar individual, coesão social, unidade. Que o desporto seja fator catalizador do desenvolvimento nacional , de melhoria da autoestima do povo angolano e da valorização dos nossos talentos desportivos.
Fonte: A Bola
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