segunda-feira, 15 de julho de 2013

João Candeias em entrevista: "o cumprir de um sonho"


Para abrir o leque das grandes entrevistas deste espaço, o escolhido foi João Candeias. Aos 19 anos, o jogador natural de Oeiras que começou a patinar no Paço d'Arcos, é reforço do Óquei de Barcelos e, fomos conferir o seu estado de espírito a pouco mais de um mês de fazer as malas e se mudar para o norte, mudança essa que é um sonho seu, desde há alguns anos, como nos relatou nesta entrevista exclusiva.

Sempre Barcelos: Antes de mais… Para quem não conhece ficar a conhecer, quem é o João Candeias? Onde já jogou e o que é que já ganhou?

João Candeias: Sou um apaixonado pelo hóquei em patins. Desde 1999, com cinco anos que estou na modalidade. Fiz todo o meu percurso - até ao último ano de Iniciado - no Clube Desportivo de Paço D’Arcos. Neste período, fui campeão distrital em todos os escalões de formação, com presença em todas as final-four. Em iniciados, fui vice-campeão nacional, na final-four realizada no pavilhão CDPA, na época de 2008/2009.
Em juvenil transitei para o Sporting Clube de Portugal, onde permaneci três épocas – duas de juvenil (2009/2010 e 2010/2011) e uma de júnior (2011/2012) – onde fui bi-campeão nacional de juvenis.
Regressei entretanto ao Clube Desportivo de Paço D’Arcos, na época 2012/2013 como júnior de segundo ano, onde trabalhei em juniores e seniores com o técnico Pedro Nunes. Foi sem dúvida uma época muito marcante, com o grande privilégio de ter trabalhado com um grande grupo de atletas e um profissional de excelência, no mundo do hóquei em patins.


SB: Consideras esta mudança para Barcelos como um salto na carreira?
JC: A mudança para Barcelos representa para mim, acima de tudo o cumprir de um sonho: O de jogar no norte. Claro que espero e desejo que seja uma aposta e um desafio ganhador!


SB: O que motiva um jogador de 19 anos que sempre representou clubes da zona de Lisboa, mudar-se para o norte?
JC: Como já referi, jogar no norte foi sempre um sonho meu. Tive essa noção quando fiz a minha final-four em Vila Nova de Famalicão, como infantil. Foi uma ideia que nunca abandonei e esta época houveram todas as condições para a concretização desse sonho. Poder realizar esse sonho em Barcelos tem a maior importância para mim, pois foi em Barcelos que em 2010/2011 fui bi-campeão nacional, ao serviço do Sporting Clube de
Portugal, com um pavilhão repleto de adeptos e com uma energia única, que nunca tinha vivido! No fundo, vou regressar onde já fui muito feliz e, onde espero voltar a ser.
Claro que estar a 400 quilómetros de casa, longe da família e dos amigos não vai ser fácil, mas estou preparado para ganhar novos amigos, que me farão sentir em casa.


SB: Quais são as expectativas quer a nível individual, quer a nível colectivo para a época 2013/2014 no Barcelos?
JC: A nível individual as expectativas prendem-se com a continuação da minha evolução e do meu crescimento como atleta, sempre focado em dar o meu melhor e o máximo contributo à equipa, de modo a que juntos consigamos chegar o mais longe possível.


SB: Na época que agora termina, apontaste trinta e dois golos no nacional de juniores. Quantos te propões a marcar na tua primeira temporada como sénior?
JC: Neste momento não estou muito preocupado com os golos que vou marcar, porque o hóquei em patins é um jogo de equipa e o foco tem de ser no trabalho e no rendimento colectivo. No entanto, só há um caminho para as vitórias; muito trabalho, muito empenho e claro, todos os golos possíveis e quem sabe impossíveis, são para marcar! Claro que a superação é sempre um objectivo que tenho presente, mas neste momento é no trabalho diário que vou estar focado, para lá chegar.


SB: Vês no OCB um clube como trampolim como foi para muitos jovens que por aqui passaram ou é para ti, representares o maior de Portugal uma realização e um projecto a longo prazo?
JC: É sem dúvida um grande desafio e um compromisso que desejo seja vencedor e que honrarei sempre! Quanto a ser um projecto de longo prazo, será o tempo que todas as partes - direcção, o técnico e eu – entendermos que assim seja. Não sou apologista de um jogador andar sempre a mudar de clube. É preciso fazer um trabalho de continuidade, para se verem os melhores resultados - colectivos e individuais - e esse será o meu foco, neste momento, no Óquei de Barcelos!


SB: Já foste a vários estágios da selecção nacional, mas faltou sempre “um bocadinho assim”. Acreditas que pode ser agora o momento?
JC: Só o seleccionador é que sabe. Vou continuar a trabalhar e fazer por merecer todas as oportunidades que me forem dadas. Claro que é um sonho e há que acreditar!


SB: É conhecida a tradição dos adeptos do Óquei em acompanharem a equipa e serem exigentes com os jogadores… Que opinião tens do clube e da sua massa adepta?
JC: Do que conheço, vive-se e respira-se no Barcelos um ambiente único e isso é muito importante, porque o nível de entrega, dedicação e respeito eleva-se ao seu máximo. Só com pessoas exigentes conseguimos chegar mais longe e essa envolvência aumenta em mim, a responsabilidade de vestir e honrar a camisola do clube.


SB: Que opinião tens do Mister?
JC: Sei que o técnico Paulo Freitas é um profissional muito competente e exigente. Nesta fase de transição para o O. C. Barcelos, tem sido uma pessoa muito presente e muito interessada em que tudo corra bem, mas certamente que vamos ter muito tempo para nos conhecermos muito melhor.


SB: E dos teus companheiros? Já conheces algum?
JC: Tenho acompanhado os seus percursos, uns mais do que outros, mas tenho a certeza de que me irão receber muito bem e que tudo será feito, para sermos uma grande equipa!


SB: Uma palavra aos leitores do Sempre Barcelos sobre o que podem esperar de ti no clube…
JC: De mim poderão esperar muito trabalho, muito empenho e dedicação. Tudo farei para que a confiança depositada em mim, pelo técnico e pela direcção do Óquei de Barcelos seja totalmente retribuída dentro de 
Uma entrevista de  Sempre Barcelos

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