Frente a uma equipa muito experiente - com o ex-portista Pedro Gil e o português Sérgio Silva no "cinco" habitual -, o conjunto de de Tó Neves precisou de muita persistência, até porque a cinco minutos do fim ainda perdia 6-7: Ricardo Barreiros (45), Caio (46) e Hélder Nunes (47) consumaram a reviravolta. O Benfica já tinha afastado o Barcelona, com 2-1 nos penáltis, após 4-4 nos 50 minutos e tempo extra: "dragões" e "águias" reencontram-se no Dragão Caixa, o mesmo palco em que os portistas consumaram há duas semanas a recuperação do título nacional, vencendo o rival por 7-3. Um jogo disputado a ritmo bem mais intenso do que o anterior propiciou inúmeras situações de livre direto, penalizações que o FC Porto não soube aproveitar tão bem, também por culpa de Riccardo Gnata, guarda-redes que manteve o Valdagno em "jogo" durante muito tempo. Reinaldo Ventura falhou o primeiro logo aos 30 segundos, mas compensou com penálti (09) que na altura dava o 2-0, depois de Ricardo Barreiros (04) ter inaugurado o marcador com forte "sticada" sobre a esquerda. Em contra-ataque, Pedro Moreira atirou ao poste e logo de seguida Caio falhou isolado no que era o melhor período do FC Porto, serenado pelo antigo "dragão" Pedro Gil, que na resposta reduziu para 2-1. Carlos Nicolia (14) empatava de livre direto, a punir a 10.ª falta do "dragão", numa altura em que a experiência dos transalpinos já tinha nivelado. Os italianos agora davam menos espaços e a igualdade só foi desfeita aos 21, com o jovem Hélder Nunes a marcar em livre direto, situação que nem Dario Rigo nem Caio concretizaram a seguir. Golo de Pedro Moreira, 20 segundos após o reatamento, animava os portuenses, mas os transalpinos, serenos, deram a volta com dois golos consecutivos de Sérgio Silva e um de Eddy Randon, que aos 32 dava a primeira vantagem à sua equipa (4-5). Sempre motivados pelos adeptos, agora era a vez de o FC Porto correr atrás do resultado perante uma equipa até então "cínica" e mais eficaz, mas que não resistiria à garra final dos campeões lusos, que no fim festejaram efusivamente, a par do presidente Pinto da Costa. O FC Porto, na sua 11.ª presença na final, procura o seu terceiro título europeu no domingo, depois de ter ganhado a Taça dos Campeões em 1990, enquanto Benfica, ausente da final desde 1995, tentará alcançar o seu primeiro título, após cinco finais perdidas. O Óquei de Barcelos foi o último campeão europeu português, em 1991. Benfica vence nos penáltis Na primeira meia-final, os encarnados derrotaram os espanhóis do Barcelona, por 2-1, no desempate por grandes penalidades, depois do 4-4 registado no final do prolongamento. O vencedor da partida de domingo, marcada para as 17:00, também no Dragão Caixa sucede aos espanhóis do Liceo da Corunha no historial de vencedores. Jogo no Dragão Caixa, no Porto FC Porto - Valdagno, 9-7 Ao intervalo: 3-2 Marcadores: 1-0, Ricardo Barreiros, 04 minutos. 2-0, Reinaldo Ventura, 09 (gp). 2-1, Pedro Gil, 13. 2-2, Ricardo Nicolia, 14. 3-2, Helder Nunes, 21 (gp). 4-2, Pedro Moreira, 26. 4-3, Sérgio Silva, 26 (gp). 4-4, Sérgio Silva, 28. 4-5, Eddy Randon, 32. 5-5, Ricardo Barreiros, 34. 5-6, Pedro Gil, 38. 6-6, Caio, 42. 6-7, Carlos Nicolia, 43. 7-7, Ricardo Barreiros, 45. 8-7, Caio, 46. 9-7, Helder Nunes, 47 - FC Porto: Edo Bosch, Jorge Silva, Pedro Moreira, Ricardo Barreiros e Reinaldo Ventura Jogaram ainda Caio, Hélder Nunes e Vítor Hugo Treinador: Tó Neves - Valdagno: Riccardo Gnata, Sérgio Silva, Carlos Nicolia, Diego Nicoletti e Pedro Gil Jogaram ainda Mattia Cocco e Dario Rigo Treinador: Franco Vanzo. Árbitros: Oscar Valverde (Espanha) e Francisco Garcia (Espanha) Assistência: cerca 2.000 espetadores. |
Fonte: Record
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