Destemido Benfica na final da Liga Europeia |
Foi um Benfica que ainda não tinha surgido esta época aquele que se apresentou esta tarde, no Dragão Caixa. Num ambiente hostil a equipa de Luís Sénica transcendeu-se no confronto com o poderosíssimo Barcelona, e seguiu para a final da Liga Europeia. Madura e carregada de crença, a equipa “encarnada” conseguiu, enfim, ser feliz num reduto no qual há muito não era.
O Benfica entrou no jogo de forma eficaz. Tuco Abalos atirou da meia quadra, e um desvio subtil de Carlos López traiu o guarda-redes adversário, inaugurando o marcador a favor da turma encarnada. “Chimino” marcou à ex-equipa e deu ao Benfica uma vantagem madrugadora.
Sob uma arbitragem que em nada honrou um jogo com a importância de uma meia-final da mais relevante prova de hóquei em patins à escala europeia, o jogo foi sendo disputado “taco a taco”, com oportunidades de parte a parte. A formação “blaugrana”, ao minuto 22, viria a empatar o encontro fruto de um golo do capitão da seleção argentina Pablito Álvarez. Precisamente no minuto seguinte, e sem dar hipótese a uma possível resposta adversária, Panadero operou a “remontada” fazendo o 2-1 e estabelecendo o resultado que se registaria ao intervalo. Inglória a forma como o Benfica perdeu a vantagem que tinha, e também pensando na prestação que vinha até então a protagonizar.
No entanto, a entrada do Benfica no segundo tempo foi igualmente forte com Luís Viana a converter uma penalidade no empate a duas bolas. O jogo prometia. A intensidade e o ritmo da partida subiram, e a mesma ganhou uma outra vivacidade. Ao minuto 35, haveria lugar a novo golo no Dragão Caixa. O Barcelona passava novamente para a frente, desta feita, graças a um golo da autoria de Marc Torra.
Porém, a resposta dos comandados de Luís Sénica não tardou, e o “Zorro” Luís Viana, novamente na conversão de uma grande penalidade, estabeleceu um empate a três.
A recta final foi carregada de emoções. Em “powerplay”, a equipa catalã arriscou mais e acelerou o seu jogo. Com uma fortíssima “stickada”, Sergi Miras atirou para o fundo da rede e fez o 4-3. Porém, o maduro Benfica que se apresentou não baixou os braços e foi à luta. E constatou que a sorte, também se conquista. Ora no último minuto, Carlos López, num livre direto, não conseguiu fazer o 4-4 que levaria o jogo para prolongamento, no entanto, na sequência dessa mesma jogada, o empate acabaria mesmo por surgir! Foi a “vitória do acreditar”! O jogo foi então para prolongamento.
Margem de erro zero. Benfica e Barcelona não poderiam claudicar, pois a “madrasta” regra do golo de ouro a isso obriga. Dez minutos passaram, e nenhum golo surgiu. O jogo foi para a lotaria das grandes penalidades, e haveria de surgir e ser consagrado um herói: Pedro Henriques!
Chamado para a decisão, defenderia três grandes penalidades! Sergi Miras, Reinaldo Garcia e Marc Torra foram os homens que não conseguiram bater o jovem português que fez, desta forma, o Benfica carimbar o passaporte para a final da Liga Europeia que se joga amanhã, pelas 17h, no Dragão Caixa.
Fonte:Modalidades.com.pt
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