sexta-feira, 17 de maio de 2013

António Gaspar prevê expansão da modalidade

António Gaspar treinador do 1º de Agosto


A realização do 41º mundial de hóquei em patins, de 20 a 28 de Setembro em Luanda e Namibe, pode alavancar a modalidade a nível nacional, a julgar pelos pronunciamentos de responsáveis provinciais, inclusive de localidades sem tradição na prática, afirmou hoje à Angop, em Luanda, o treinador de nível III, António Gaspar.
Em entrevista a propósito do evento inédito em África, o português lembrou serem os governadores os primeiros a dizerem que os ganhos colaterais com a realização do campeonato do mundo irão potenciar às respectivas províncias.
“Espero que sejam eles (governadores) a promoverem esta massificação e desenvolvimento localmente, claro que com o suporte das associações e da Federação Angolana de Patinagem”, frisou.
O técnico e coordenador da modalidade no clube 1º de Agosto apontou ainda como ganhos a melhoria das infra-estruturas com a construção de dois pavilhões para o mundial em Luanda (12 mil espectadores) e Namibe (três mil) e outro em Malanje (três mil) para o torneio “José Eduardo dos Santos”, além da reabilitação de recintos nas províncias sedes.
Outro benefício é a oportunidade de Angola mostrar mais uma vez a África e ao mundo sua capacidade organizativa, depois de ter albergado com êxito reconhecido internacionalmente, os campeonatos africanos de basquetebol, de andebol e de futebol, este último em 2010 nas cidades de Luanda, Benguela, Lubango e Cabinda.
Para António Gaspar, a copa de hóquei abrirá igualmente caminhos para outras modalidades também se candidatarem à organização de outros eventos mundiais, citando como exemplo a possibilidade do basquetebol em sub-18 e o andebol feminino. 
Em termos desportivos o maior ganho esperado e o mais importante na óptica da fonte da Angop é que a selecção comece a ocupar um lugar de topo no lote das 16 melhores selecções do mundo, introduzindo-se no lote das quatro primeiras, facto que pode causar motivação suplementar à juventude.
A acontecer, o profissional de educação física alerta para a necessidade do feito for acompanhado de iniciativas como o aumento de recintos, das horas de treinos, do número de jogos e maior mobilização da juventude, aproveitando às pausas escolares e fazer-se estágios de supervisionamento técnico-pedagógico e resolvendo os problemas de enquadramento familiar porque nem sempre permitem que os filhos adiram ao 
desporto.
Referiu ser muito importante que se faça uma mobilização sustentada de forma que depois do mundial se possa ter as pessoas mobilizadas naturalmente para o hóquei em patins, reiterando que tal passa pelo aumento da competição interna, jogos, festivais para que na altura do mundial, sobretudo os jovens, se desloquem aos pavilhões, não por mero cumprimento de agenda, mas porque sabem algo sobre a modalidade.
“O pior que pode acontecer é que depois do mundial se continue a ter os campos vazios”, disse, acrescentando que uma das maneiras de evitar tal situação é realizar jogos durante os dias de semana, contrariamente ao fim-de-semana, onde as atenções recaem para o Girabola e campeonato nacional de basquetebol.
Para ele não é só um plano ou uma acção que irá resolver aquela situação e sim um conjunto delas, tornando-se importante não esquecer que em 2015 e 2017 haverá outros mundiais e que há coisas que têm que ser ganhas agora e mantidas para continuar haver uma sequência.
Fonte: Angop


            

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