terça-feira, 9 de abril de 2013

«Há muita gente que quer se servir do desporto para outros fins»

Diplomata na Suíça diz que angolanos têm apetência para todas as modalidades desportivas.

Embaixador de Angola na Suiça, Osvaldo Varela

 

O embaixador de Angola na Suíça, Osvaldo Varela, afirmou à Angop que o angolano possui apetência para a prática de qualquer modalidade desportiva, faltando melhor organização no dirigismo e nas políticas afins.

Numa entrevista em que abordou o estado do desporto no país, concedida à margem do torneio da Páscoa em hóquei em patins, decorrido de 27 a 31 de Março em Montreux (Suíça), Osvaldo Varela reiterou a necessidade de haver uma organização em que a aposta dos clubes se estenda aos escalões de formação.

O antigo presidente da associação provincial dos desportos motorizados de Luanda lembrou que a melhoria do desporto em Angola passa essencialmente pela inserção no sistema de ensino e depois pela formação nos clubes a partir da base.

Referiu que quando se fala em factores impeditivos é errado pensar-se imediatamente em infra-estruturas, porque a realidade demonstra que antigamente se praticava desporto ao ar livre, em terrenos baldios, e ainda assim surgiam talentos nas diversas modalidades.

«Quando falamos em organização desportiva não estamos a falar logo de infra-estruturas, porque pode-se praticar desporto ao ar livre. Não vai ter logicamente o mesmo nível ou a mesma qualidade, mas é no ar livre onde se começa, seguindo-se a educação física, o desporto escolar e depois a prática a partir dos clubes nos diversos escalões», frisou o diplomata acreditado na Federação Helvética desde 2011.

Para o antigo dirigente desportivo, já existe infra-estrutura suficiente no país para a prática desportiva, sendo importante que se realizem competições regulares nos diversos escalões e modalidades, acabando com a actual cultura em que maior atenção é dada aos seniores.

Além da necessária melhoria organizativa, o impulsionador do motocross em Angola afirmou ser necessário que o desporto tenha gente para servir por amor a determinada modalidade, o que dificilmente tem acontecido.

«Há muita gente que quer se servir do desporto para outros fins», referiu o responsável para quem a realização do 41º campeonato do mundo em hóquei em patins em Setembro em Luanda e Namibe trará projecção desportiva, política, económica e social.

Conteúdo publicado por SportInforma c/ Angop 


Fonte: Sapo_Desporto

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