quinta-feira, 5 de setembro de 2013

"Máxima responsabilidade, máxima liberdade."Luís Cunha

fotoDepois de vinte anos a jogar como guarda-redes de hóquei em patins, Luís Cunha passou a ser o treinador da equipa sénior do Associação Cultural e Recreativa (ACR) Santa Cita, terra onde nasceu.

Há cinco épocas que lidera a equipa sénior de hóquei em patins, embora já tivesse sido treinador antes. Professor de Geometria Descritiva num colégio privado de Fátima, confessa que, por vezes, sente saudades de estar em campo porque se sente uma adrenalina diferente.
 

Como é que o hóquei em patins surgiu na sua vida?

Nasci aqui em Santa Cita e quando a ACR iniciou a sua actividade, começou logo com o hóquei em patins. Eu fui dos primeiros a aderir dos que nasceram e viviam nesta aldeia. Recordo que jogávamos no ringue da antiga fábrica da Matrena. Mais tarde começámos a ganhar os campeonatos a nível regional e a representar a região em vários escalões. Foi quando pensámos em construir o pavilhão.

Luís Miguel Cunha /Foto: Rádio Hertz

Como é que conquistam adeptos e jogadores para esta modalidade?


No nosso caso, fizemos acções de dinamização junto das escolas e alargámos o leque de participação a todas as aldeias em redor. Penso que fizemos um trabalho de formação bastante válido e apostámos sempre em treinadores de qualidade. Hoje, o Santa Cita já não é um clube de aldeia uma vez que tem atletas de Ourém, Santarém e de aldeias de Tomar como Paialvo, Venda Nova ou Linhaceira.

Sente responsabilidade acrescida por treinar o clube da sua terra?

Sim. Já representei outros clubes, inclusive que estiveram na primeira divisão, como a Juventude Ouriense, mas é com uma grande paixão que estou aqui porque é o clube da minha aldeia. Se não fosse este clube eu nunca poderia ter feito o percurso que fiz no hóquei em patins. Devo tudo a este clube.

Como é que um professor de Geometria Descritiva acaba por ser treinador?

Na altura em que andava no ensino secundário não havia a opção de desporto. Tive vários amigos que perderam um ano para entrar em desporto numa escola do Entroncamento mas eu preferi seguir o meu percurso académico. Não estou arrependido. Complemento a minha vida profissional com a função de treinador.

A família queixa-se das ausências?

A família fica quase sempre para trás mas como vamos tendo pessoas à nossa volta, e nas direcções do clube, que nos incentivam e acarinham acabamos por vestir a camisola do clube e ficar por amor à terra. Temos que contar com a compreensão da família até porque, se não fosse assim, estas terras acabavam por morrer.

Que tipo de lema tenta imprimir à sua equipa?

Máxima responsabilidade, máxima liberdade. Sou exigente porque só assim é que conseguimos resultados, mas também sei que os jogadores não são profissionais nem recebem para jogar como tal.


Fonte: Mirante

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