Luís Sénica: "Portugal tem condições para vencer Mundial"

Luís Sénica acredita no triunfo de Portugal

O selecionador português de hóquei em patins admitiu que estão reunidas todas as condições para que Portugal alcance o título no Campeonato do Mundo que vai decorrer entre os dias 20 e 28 de setembro em Angola.

Luís Sénica defendeu que "existem indicadores da melhoria do hóquei português" e isso é o que poderá ter mudado ao longo dos 10 anos que separam desde a conquista do último título mundial.

"O que está a ser feito vem na base do que sempre foi feito anteriormente: trabalhar bem, acreditar que Portugal pode vencer. A diferença é que existem indicadores da melhoria do hóquei português por força dos resultados apresentados, não só a nível de clubes, mas também pelo que as seleções têm vindo a fazer”, referiu.

“O facto de termos estado muito bem em termos de clubes a nível da Europa, o facto de o FC Porto e o Benfica terem feito uma prova soberba e terem fechado a Liga Europeia na final, dá-nos a tranquilidade e a consistência de que temos bons jogadores, boas equipas e bom hóquei português", esclareceu Luís Sénica.

Para o treinador, que regressou ao comando da seleção após um interregno de quatro anos, período esse que esteve a treinar o Benfica e pelo qual conquistou mais recentemente a Liga Europeia, a seleção portuguesa "está solta, mais tranquila e mais preparada para entrar no Campeonato do Mundo".

Em relação à polémica que envolveu a convocatória, mais concretamente as palavras de descontentamento de Caio, jogador do FC Porto, em relação à opção do técnico em não o manter na lista, Luís Sénica desdramatizou: "Aqui na seleção não há FC Porto nem Benfica. O selecionador nacional é de todos os portugueses. Não houve polémica, nem contestações nas minhas escolhas de jogadores. A única coisa que vi foi o direito de um atleta em justificar, à sua maneira, uma não permanência na seleção nacional. E ponto final".

Luís Sénica também voltou a convocar Luís Viana, que há já alguns anos andava afastado. Para o selecionador, a experiência do jogador de 37 anos "é tão importante como a irreverência do jogador mais jovem", e explicou que "todos se complementam".

"Esta equipa faz-se de um bloco, faz-se de um projeto que pretende e visa defender Portugal, aquilo que cada um deles tem na sua individualidade estará sempre subjacente aquilo que é o objetivo maior que é Portugal", esclareceu ainda.

Outra novidade encontrada na convocatória de Luís Sénica é a escolha de três guarda-redes. Uma situação que tem causado algumas questões, inclusive nas seleções rivais, mas que o treinador português desmistificou:

"Em termos regulamentares é possível termos 11 jogadores inscritos no mundial, desde que três fossem guarda-redes. Portanto, isso é uma premissa que nos permite gerir. Tendo em conta que vamos fazer uma viagem longa, e atendendo à especificidade da posição, parece-me importante que possamos gerir a nosso favor essa parte regulamentar. Entendemos ainda que aquilo que os três guarda-redes podem trazer à seleção nacional são determinantes para que se mantenham até ao final. Importa dizer que só podem estar no banco os três guarda-redes se eu prescindir de um jogador de campo e isso não vai acontecer. Por isso, um irá para a bancada, mas essa situação está projetada com os atletas".

O treinador é muito claro em relação às expetativas para a prova e garantiu que "Portugal não tem medo de entrar para ganhar".

Portugal parte para Angola no dia 15 de setembro e a 22 estreia-se no Mundial, frente à seleção do Chile. Ainda na fase de grupos, os "Ursos" vão enfrentar a África do Sul e a anfitriã Angola.


Fonte: RTP